(ANSA) - O líder socialista Pedro Sánchez foi empossado como premiê da Espanha pela terceira vez, em votação realizada pelo Parlamento nesta quinta-feira (16).
Sánchez, no poder desde 2018, conseguiu se manter no comando do país graças a um acordo com separatistas da Catalunha para dar anistia aos envolvidos no processo secessionista de 2017, escolha que dividiu o país.
O líder do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe) recebeu 179 votos a favor no Parlamento e 171 contrários. Além do Psoe, o premiê também tem o apoio da coalizão de esquerda Somar, dos partidos independentistas Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e Juntos pela Catalunha, das legendas nacionalistas bascas Bildu e PNV e de siglas da Galícia e das Ilhas Canárias.
Esse será o terceiro mandato de Sánchez como primeiro-ministro, mesmo após o Psoe ter perdido o posto de maior bancada no Parlamento para o conservador Partido Popular (PP) nas eleições antecipadas de 23 de julho.
Nos últimos dias, Sánchez e separatistas catalães chegaram a um acordo sobre um projeto que garante anistia para os políticos e ativistas que participaram do plebiscito independentista de outubro de 2017, acordo que provocou protestos da oposição e de dezenas de milhares de pessoas nas ruas da Espanha.
"Saberemos empregar esse prazo tão duramente conquistado, em meio ao ruído e à fúria", disse o premiê, em referência às críticas dos conservadores à anistia. (ANSA)
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