(ANSA) - Uma delegação da Comissão das Relações Estrangeiras do Parlamento Europeu foi impedida de entrar na Tunísia para acompanhar a situação política no território, informaram fontes europeias nesta quinta-feira (14).
O grupo era liderado pelos eurodeputados Michael Gahler, Dietmar Koster, Salima Jenbou, Mounir Satouri e Emmanuel Maurel e deveria se reunir com membros da sociedade civil, sindicatos e membros da oposição política ao presidente Kais Saied.
A missão, que deveria durar dois dias, tinha como objetivo "compreender a atual situação política do país, apoiar um diálogo nacional inclusivo, e avaliar o memorando de entendimento assinado pela UE e pela Tunísia".
Em uma carta assinada pelo Ministério das Relações Exteriores e da Migração, o governo tunisiano informou à delegação que havia negado a autorização de entrada.
Para o Parlamento Europeu, a decisão "é uma conduta sem precedentes desde a revolução democrática de 2011" e deve ter "explicações detalhadas".
"Continuamos preparados para o diálogo e vamos insistir nisso, em matérias críticas, e recordamos que este Parlamento sempre aprovou uma agenda de cooperação compreensiva, incluindo o fortalecimento do apoio democrático e financeiro" à Tunísia, reforçou o PE, acrescentando que o país precisa "urgentemente de um diálogo nacional".
Em julho passado, a União Europeia e a Tunísia chegaram a assinar um memorando de entendimento para estabelecer uma "parceria estratégica integral" nas áreas de combate à migração irregular, desenvolvimento econômico e energias renováveis.
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