(ANSA) - A União Europeia acenou que pode ceder a exigências do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fechar o acordo de livre comércio com o Mercosul ainda em 2023.
Uma das principais críticas de Lula é ao artigo que permite a participação de empresas europeias em licitações governamentais nos países do bloco sul-americano, e vice-versa.
"Nós vamos ser flexíveis. Para nós, o acordo é muito mais importante do que as compras públicas, que pequenos detalhes que podem se fechar ao final da negociação", disse o embaixador da UE em Brasília, Ignacio Ybáñez, em entrevista ao Estadão.
"O acordo é uma aposta mirando para o futuro, e pensamos que as duas partes ganham. Se não ganhamos em tudo, já buscaremos uma certa compensação olhando pra frente", acrescentou.
Segundo o diplomata, "seria uma pena" não concluir o acordo comercial, que é discutido há mais de 20 anos pelos dois blocos.
Lula é o atual presidente pro tempore do Mercosul e já reiterou em diversas ocasiões que deseja fechar o pacto ainda em 2023, porém deixou claro que não abrirá mão das compras públicas como instrumento de política industrial. (ANSA)
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