(ANSA) - Em visita a Trípoli neste sábado (28), a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, anunciou um acordo com a Líbia para fortalecer a guarda costeira e reforçou a necessidade de "fazer mais esforços" contra a crise migratória.
"Hoje, neste dia importante, adotamos um acordo assinado por nossos respectivos ministros das Relações Exteriores com o objetivo de aumentar as capacidades e a cooperação com a autoridade líbia em relação à guarda costeira", disse ela em coletiva conjunta com o premiê do governo de Unidade Nacional da Líbia, Abdul Hamid Dbeibah.
A premiê italiana agradeceu o ministro do Interior, Matteo Piantedosi, que também está em Trípoli, e ao seu homólogo líbio por "esta importante iniciativa".
Segundo Meloni, "as entradas irregulares na Itália são mais de 50% das pessoas que vêm da Líbia", por isso "os esforços devem ser intensificados no campo do combate ao tráfico e ao trato de seres humanos, garantindo um tratamento humano para as pessoas em questão".
"Conversamos e estamos discutindo como fortalecer as ferramentas para combater os fluxos ilegais. É uma questão que não diz respeito apenas à Itália e à Líbia, deve preocupar a UE como um todo, a cooperação europeia rumo ao norte da África", enfatizou.
Meloni reforçou ainda que "a Itália pode e quer desempenhar um papel importante também na capacidade de ajudar os países africanos a crescer e enriquecer: uma cooperação que não quer ser predatória, que quer deixar algo nas nações".
De acordo com ela, o governo italiano "está empenhado em fazer a sua parte, para garantir maior unidade de propósito por parte da comunidade internacional sobre o dossiê da Líbia e para evitar o risco de que algumas influências trabalhem para desestabilizar a situação ao invés de favorecê-la".
Para Hamid Dbeibah, "a luta contra os fluxos imigratórios irregulares continua a ser um tema central" para a Líbia, mas, "apesar dos esforços, os números das migrações irregulares da Líbia para a Itália continuam elevados".
"Foi assinado um memorando de entendimento entre os ministros das Relações Exteriores dos dois países para apoiar a Líbia com cinco barcos equipados no campo de busca e salvamento" de migrantes em perigo no mar", confirmou o premiê líbio, ressaltando que os dois líderes discutiram "uma série de novas medidas relativas à questão da imigração ilegal".
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