(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, participou nesta quarta-feira (25) de uma teleconferência com diversos líderes ocidentais para debater a situação na Ucrânia após a Alemanha aprovar o envio de tanques Leopard 2 para ajudar o país alvo da Rússia.
Além da italiana, a ligação conta com a presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o premiê britânico, Rishi Sunak.
"Tive uma longa conversa com Scholz, Macron, Sunak e Meloni. Estamos unidos em nosso apoio à Ucrânia", declarou Biden ao confirmar que seu governo também enviará 31 tanques M1A2 Abrams.
Segundo o americano, "não há ameaça para a Rússia em tudo isso", tendo em vista que "estamos ajudando a Ucrânia a se defender" e esta "não é uma ofensiva" contra Moscou.
Biden ainda agradeceu os esforços da Itália e dos aliados para enviar armas à Ucrânia.
"A Itália está a enviar artilharia" para Kiev, ressaltou o democrata na Casa Branca, agradecendo o país liderado por Giorgia Meloni, além de Reino Unido, França, Noruega, Canadá, Eslováquia, Dinamarca, Polônia e Suécia pela "intensificação do compromisso ".
A conversa entre os líderes ocidentais ocorreu poucas horas após Scholz confirmar que 14 Leopard 2A6s serão enviados para a Ucrânia.
O presidente Volodymyr Zelensky, inclusive, disse estar "sinceramente grato" pela decisão tomada pelo chanceler alemão de enviar "tanques à Ucrânia", mas também pela "aumento da expansão do apoio à defesa e treinamento", bem como pelo "sinal verde para os parceiros fornecerem armas semelhantes".
Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência Interfax, afirmou que os tanques americanos Abrams na Ucrânia "vão arder da mesma forma que os outros".
"Estou convencido de que muitos especialistas entendem o absurdo de enviar tanques para a Ucrânia. Do ponto de vista tecnológico este é um plano bastante mal sucedido e, acima de tudo, uma clara superestimação do potencial que agregará às forças armadas ucranianas", disse Peskov.
"Tudo isso cairá antes de tudo sobre os ombros de quem paga impostos na Europa, enquanto os americanos, como sempre, pelo menos não sofrerão perdas", concluiu o russo.
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