Os principais veículos da mídia brasileira repercutem neste domingo (25) os resultados das eleições na Itália, que apontam que a líder do partido de extrema-direita Irmãos da Itália (FdI), Giorgia Meloni, foi a principal vencedora.
O "Estado de S. Paulo" dá amplo espaço para a disputa italiana e ressalta que a "boca de urna mostra partido de extrema direita na frente nas eleições".
"Embora a ascensão de Meloni e da extrema direita direcione a Itália para o bloco radical de Hungria e Polônia e preocupe líderes da União Europeia (UE), analistas consideram que será difícil ela se manter no poder sem firmar acordos com partidos mais progressistas", pontua ainda a matéria, lembrando das "origens fascistas" do FdI.
O site do jornal "Folha de S. Paulo" dá bastante destaque ao pleito italiano, ressaltando que essa será a primeira mulher a governar o país na história. "Se confirmada a projeção [...], Meloni, 45, se tornará a primeira mulher chefe de governo da Itália e a primeira política da ultradireita no poder desde o ditador Benito Mussolini, no posto entre 1922 e 1943", diz um trecho do texto.
Nas matérias relacionadas, lembra que a política tem ligações com o "pós-fascismo e o neofascismo". "Com Meloni, herdeiros de Mussolini fazem nova Marcha sobre Roma após 100 anos", diz o título de uma das análises publicadas.
Já no UOL, um dos maiores portais de notícias do país, há destaque em sua capa sobre a disputa e o redirecionamento para a matéria da "Folha".
Com menor exposição em sua home, o jornal "O Globo" também pontua que a "extrema-direita vence eleições, mostram projeções".
"Pesquisas de boca de urna apontam que Giorgia Meloni, do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI, na sigla em italiano), deve se tornar a próxima primeira-ministra do país, em uma votação que refletiu o descrédito do sistema político diante dos eleitores, ainda mais em um momento de múltiplas crises", ressalta a publicação.
O portal "G1" ressalta com destaque em sua capa as eleições italianas e explica sobre a coalizão de partidos de direita - que além do FdI, tem o ultranacionalista Liga e o conservador Força Itália - que deve levar Meloni ao cargo de chefe de Estado.
O site também faz um perfil da líder política e destaca que Meloni é "admiradora de Mussolini" que "tenta suavizar a imagem do partido, com raízes no fascismo, com plataforma nacionalista e xenófoba.
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