O ex-premiê da Itália Silvio Berlusconi encerrou o mistério e confirmou nesta quarta-feira (10) que vai se candidatar ao Senado nas eleições parlamentares de 25 de setembro.
"Assim deixaremos todo mundo contente, após ter sido pressionado por muitas pessoas", disse o ex-primeiro-ministro, que preside o partido conservador Força Itália (FI), à emissora Rai Radio 1.
O FI aparece apenas em quinto lugar nas pesquisas, com menos de 10% das intenções de voto, o que o torna o pilar mais frágil da coalizão com os partidos de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), de Giorgia Meloni, e Liga, de Matteo Salvini.
No entanto, de acordo com as sondagens, essas três legendas, juntas, podem conseguir maioria no Parlamento, o que daria a Berlusconi um papel importante na formação de um futuro governo liderado pela extrema direita.
"Nós dissemos que quem tiver mais votos [entre os partidos da aliança] vai propor o nome do candidato a premiê. Se for Giorgia, tenho certeza de que ela se mostrará adequada", acrescentou o ex-primeiro-ministro.
Também há rumores de que a direita vai tentar eleger Berlusconi presidente do Senado, de onde ele foi cassado em novembro de 2013 devido a uma condenação definitiva por fraude fiscal.
A inelegibilidade do ex-premiê terminou em 2018, o que permitiu que ele se elegesse deputado do Parlamento Europeu no ano seguinte. Berlusconi ainda responde a diversos processos por suborno de testemunhas e, em um deles, o Ministério Público de Milão pediu sua condenação a seis anos de cadeia.
O ex-primeiro-ministro já apresentou inclusive algumas propostas para tentar crescer nas pesquisas, como aposentadoria mínima de mil euros (R$ 5,2 mil), alíquota única no imposto de renda e plantar pelo menos 1 milhão de árvores por ano. (ANSA)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA