O Conselho de Ministros da Itália aprovou nesta segunda-feira (4) um estado de emergência para as cinco regiões mais afetadas pela seca: Emilia-Romagna, Friuli Veneza Giulia, Lombardia, Vêneto e Piemonte.
Segundo fontes ministeriais, o governo italiano deve disponibilizar 10,9 milhões de euros para Emilia-Romagna; 4,2 milhões de euros para Friuli Veneza Giulia; 9 milhões de euros para Lombardia; 7,6 milhões de euros para Piemonte; e 4,8 milhões de euros para o Vêneto.
Ao todo, serão alocados 36 milhões de euros para amenizar os danos provocados pelo calor recorde, agricultura em colapso e seca nos rios nas últimas semanas.
De acordo com os dados fornecidos pela Coldiretti, existem cerca de 270 mil fazendas localizadas nas regiões afetadas pelo estado de emergência. "Uma capital agroalimentar 'made in Italy' que corre o risco de desaparecer sob os golpes da seca, com um prejuízo que já ultrapassou os 3 bilhões de euros", explicou a associação.
Desde meados de junho as regiões do norte da Itália estavam pressionando a administração do primeiro-ministro Mario Draghi a declarar emergência por causa da estiagem.
O Rio Pó, maior da Itália em extensão territorial e que atravessa quatro regiões do norte (Piemonte, Lombardia, Emilia-Romagna e Vêneto), apresenta seus menores índices em mais de 70 anos, enquanto as geleiras dos Alpes sofrem com drásticas reduções em sua cobertura nevosa.
Hoje, a região da Úmbria, no centro da Itália, se juntou ao norte do país e também cobrou do governo nacional a declaração de estado de emergência por conta da seca, medida que agiliza a liberação de recursos.
A Toscana também está se preparando para declarar estado de calamidade, conforme anunciado pelo governo local, que fala de uma situação "muito crítica" dos lençóis freáticos, com a seca a atingir um "nível de gravidade".
A situação crítica fez a Itália cogitar instituir um racionamento diurno de água para combater a seca que atinge algumas das principais bacias hidrográficas da nação, como as dos rios Pó e Tibre. (ANSA)
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