A Itália bateu nesta quinta-feira (6) um novo recorde de casos diários de Covid-19 e superou pela primeira vez a marca de 200 mil contágios em um único dia.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 219.441 novos diagnósticos positivos, cifra 16% superior à maior marca anterior, da última quarta-feira (5), com 189.109 casos.
O novo recorde chega exatamente uma semana após a Itália ter superado a marca de 100 mil contágios diários pela primeira vez e indica que o país ainda não atingiu o pico da onda provocada pela variante Ômicron.
A média móvel de contágios em sete dias chegou a 142 mil nesta quinta, número 376% maior do que duas semanas atrás, o que caracteriza uma curva em franca aceleração.
O total de casos ativos também é recorde: 1.593.579, sendo que 99% (1.578.285) estão em isolamento domiciliar; 0,90% (13.827), em leitos de enfermaria; e 0,10% (1.392), em UTIs.
O boletim registra 177 entradas na terapia intensiva nesta quinta-feira, maior número diário desde o fim de abril. A média móvel de internações na UTI está em 132, alta de 54,6% na comparação com duas semanas atrás.
A diferença no ritmo de crescimento de casos e hospitalizações pode ser explicada pelo nível de vacinação da população (quase 80% com o primeiro ciclo concluído), o que faz com que os contágios provocados pela Ômicron sejam em sua maioria assintomáticos ou com sintomas leves.
Ainda assim, o governo da Itália vai tornar obrigatória a vacinação contra Covid para pessoas a partir de 50 anos, faixa etária que tem cerca de 2,3 milhões de indivíduos ainda sem a primeira dose.
Atualmente, a imunização não é compulsória para nenhuma idade na Itália, apenas para algumas categorias profissionais, como trabalhadores da saúde, policiais e professores.
O balanço desta quinta ainda contabiliza 198 mortes, com média móvel em 175, alta de 30% em relação a 14 dias atrás - esse índice também está crescendo em ritmo muito mais lento do que os contágios.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Itália soma 6.975.465 casos e 138.474 vítimas desde o início da pandemia. (ANSA)
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