Manifestantes atacaram diversas embaixadas estrangeiras em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), na esteira dos combates entre o grupo rebelde M23 e o Exército em Goma, no leste do país.
Um dos alvos foi a sede diplomática de Ruanda, país acusado de colaborar com a ofensiva do M23 na província de Kivu do Norte, região rica em recursos minerais.
As embaixadas de Bélgica, Estados Unidos, França, Quênia e Uganda também foram atingidas por atos de vandalismo durante um protesto contra a escalada do conflito no leste da RDC.
"Esses ataques são inaceitáveis", declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot. Já o chanceler da Itália, Antonio Tajani, conversou com a Embaixada de Roma em Kinshasa, mas ouviu que a sede não foi atacada pelos manifestantes.
A União Europeia, por sua vez, cobrou a "proteção dos diplomatas" e condenou "todos os ataques contra embaixadas estrangeiras", além de afirmar que a ofensiva do M23 e de Ruanda em Kivu do Norte "agrava ainda mais a desastrosa crise humanitária" no país africano.
Os milicianos e os soldados ruandeses entraram no centro de Goma no último domingo (26), enquanto as tropas da RDC tentam conter o avanço. Kinshasa acusa Ruanda de querer se apossar das riquezas minerais do Kivu do Norte, enquanto Kigali diz que se envolveu no conflito para proteger sua "segurança e integridade territorial".
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