O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicou o atentado da última quarta-feira (23) contra a sede das Indústrias Aeroespaciais Turcas em Ancara, capital da Turquia, que deixou cinco mortos e 22 feridos.
Em um comunicado, o movimento curdo diz que o ataque foi perpetrado por um esquadrão chamado "Batalhão dos Imortais" e foi uma "advertência contra práticas genocidas e massacres" atribuídos ao governo do presidente Recep Tayyip Erdogan no Curdistão.
"Por princípio, o Batalhão dos Imortais não age frequentemente. No entanto, de quando em quando, em vez de programas que miram alvos importantes e estratégicos, coloca em ato ações sacrificiais com advertências contra práticas genocidas", diz a nota, publicada pela agência Firat, que é próxima a movimentos curdos.
O comunicado inclui uma foto dos dois terroristas - Ali Orek e Mine Sevjin Alcicek - com a bandeira do PKK ao fundo.
Além disso, o grupo alega que o massacre "não tem relação" com os últimos desdobramentos políticos na Turquia, em referência a uma suposta abertura do governo a negociações para encerrar o conflito de décadas no Curdistão, onde um movimento separatista reivindica a criação de um Estado curdo, também englobando partes do Iraque e da Síria.
No mesmo dia do atentado, o líder do PKK, Abdullah Ocalan, que está preso na solitária desde 1999, recebeu sua primeira visita familiar desde 2020 e sugeriu que o grupo poderia abandonar a luta armada.
O governo turco já havia culpado o PKK pelo ataque e, nesta sexta-feira (25), a polícia prendeu 176 membros do movimento, que é considerado um grupo terrorista por Ancara, em todo o país.
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