Uma cadeia de erros a bordo pode ter sido a causa do naufrágio do veleiro de luxo Bayesian na costa da Sicília, sul da Itália, tragédia que deixou sete pessoas mortas, uma das quais continua desaparecida nos destroços da embarcação.
A hipótese foi lançada por Giovanni Costantino, fundador e CEO do Italian Sea Group, empresa proprietária do estaleiro Perini Navi, que construiu o iate em 2008.
"Tudo o que foi feito revela uma longuíssima somatória de erros. As pessoas não deveriam estar nas cabines, o barco não deveria estar ancorado. E como a tripulação não sabia da tempestade que estava chegando? Os passageiros disseram uma coisa absurda, que a tempestade chegou de forma inesperada. Não é verdade", afirmou o executivo em entrevista ao jornal Corriere della Sera.
"Tudo era previsível. Tenho na minha frente as cartas meteorológicas", acrescentou.
O veleiro foi atingido por um tornado repentino na última segunda-feira (19), quando estava ancorado no Porto de Porticello, nos arredores de Palermo. A presença de pelo menos cinco corpos nas cabines de alojamento no casco do navio indica que as pessoas a bordo não esperavam uma tempestade, uma vez que o protocolo determina que, nessas situações, os passageiros não devem ficar nos quartos.
Na entrevista, Costantino disse ainda que o Bayesian era praticamente "inafundável". "O evento de Palermo teria representado risco zero se as manobras corretas tivessem sido feitas e se não tivessem ocorrido situações que comprometeram a estabilidade do barco", salientou.
Uma das hipóteses é de que o veleiro estava com as portas do casco abertas no momento do incidente, o que pode ter contribuído para a água invadir a embarcação.
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