A companhia aérea Voepass reconheceu que o avião ATR 72 que caiu em Vinhedo (SP), matando as 62 pessoas a bordo, era "sensível" ao gelo, mas garantiu que o sistema de degelo funcionava normalmente no momento da decolagem.
Imagens da tragédia mostram a aeronave caindo em círculos, em queda livre, o que levantou a suspeita de que o acidente pode ter sido causado por acúmulo de gelo nas asas ou em outra parte da fuselagem.
"A gente não sabe se pode ter tido pane durante o voo, mas, quando decolou, o sistema de deicing [degelo] estava 100% operacional", disse Eduardo Busch, CEO da Voepass, em uma coletiva de imprensa em Ribeirão Preto (SP).
"O ATR tem uma sensibilidade um pouco maior a uma situação de gelo, que não é descartada, como também nenhuma hipótese é descartada neste momento. O avião é sensível ao gelo, é um ponto de partida, mas ainda é muito precoce qualquer tipo de ideia em relação ao evento", salientou Marcel Moura, diretor de operações da companhia aérea.
A aeronave passou por manutenção de rotina em Ribeirão Preto, principal base técnica da Voepass, na noite anterior à tragédia, e "saiu sem nenhum tipo de problema que inviabilizasse sua aeronavegabilidade". "Hoje era previsto gelo, mas dentro das características aceitáveis para o voo", acrescentou Moura.
A companhia também afirmou que os passageiros "tinham RG e CPF", o que indica que todos seriam brasileiros, mas ainda "não se sabe se algum possuía dupla nacionalidade". (ANSA)
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