Um novo plano de Israel contra o grupo fundamentalista islâmico Hamas deve ser implementado no norte da Faixa de Gaza nos próximos dias, informou o conselheiro de Segurança Nacional israelense, Tzachi Hanegbi, nesta terça-feira (25).
Segundo ele, o plano do Exército do governo do premiê Benjamin Netanyahu foi "refinado" nas últimas semanas e a sua "expressão prática" será vista em breve.
"Não devemos esperar que o Hamas desapareça, porque é um processo longo. Não podemos livrar-nos do Hamas como ideia, precisamos de uma ideia alternativa", acrescentou Hanegbi.
De acordo com o assessor de Netanyahu, isso significa "um governo baseado em habitantes locais dispostos a viver ao lado de Israel". "Eles devem ser apoiados por estados árabes moderados", concluiu.
Até o momento, pelo menos 37.658 pessoas foram mortas durante os mais de oito meses de conflito entre Israel e militantes palestinos, informou o Ministério da Saúde de Gaza, liderado pelo Hamas.
O número inclui pelo menos 32 mortes nas últimas 24 horas, enquanto que 86.237 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro.
Além disso, quase 500 mil pessoas sofrem de fome "catastrófica" na Faixa de Gaza, apesar de uma ligeira melhora na situação no norte do território. Isto é o que emerge de um relatório das Nações Unidas divulgado hoje.
De acordo com a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), o acesso à ajuda humanitária permitiu evitar a fome temida na última avaliação publicada em março, mas 22% da população do território sitiado por Israel ainda enfrenta dificuldades alimentares e escassez desesperada.
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