O número de reféns sequestrados pelo movimento fundamentalista islâmico Hamas no dia 7 de outubro de 2023 que ainda permanecem vivos na Faixa de Gaza pode ser menor do que o esperado pelas autoridades israelenses.
A quantidade, 50, é inferior ao que o governo israelense parece acreditar e foi divulgada por mediadores presentes nas negociações do cessar fogo e por um funcionário norte-americano familiarizado com as informações ao Wall Street Journal.
A nova estimativa, que se baseia em parte em dados da inteligência israelense, é que ao menos 66 pessoas mantidas em cativeiro no enclave palestino podem ter morrido, o que é mais 25 do que Israel estimou publicamente.
Os dados são divulgados um dia após vir à tona um relatório da inteligência israelense que foi redigido semanas antes do ataque do Hamas em outubro e alertava os comandos militares sobre um plano do grupo para sequestrar centenas de pessoas em Israel.
De acordo com emissora pública israelense Kan, o documento foi feito pela unidade 8200, responsável pelas escutas telefônicas, e detalha o treinamento de comandos de elite do Hamas para atacar as posições militares e kibutz no sul do país liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu e para fazer entre 200 e 250 reféns.
Recentemente, em meio às negociações para uma trégua, o Hamas teria afirmado que não seria capaz de identificar e localizar 40 reféns israelenses necessários para a primeira fase do acordo de trégua.
O posicionamento já havia levantado o temor de que tenham morrido mais reféns do que foi divulgado publicamente até o momento.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA