O comunicado final do G7 de Borgo Egnazia, sul da Itália, expressa "forte preocupação" com a "redução dos direitos das mulheres e das pessoas LGBTQIA+ em todo o mundo", porém não contém menções à palavra "aborto", ao contrário do que havia ocorrido na cúpula do grupo em Hiroshima, em 2023.
"Condenamos fortemente todas as violações e os abusos dos direitos humanos e das liberdades fundamentais", diz o documento visualizado pela ANSA, acrescentando que o G7 está empenhado pela "igualdade de gênero".
Mais cedo, a agência Bloomberg havia divulgado que o texto não teria referências à proteção da identidade de gênero e da orientação sexual, informação negada pela Itália.
"Essa notícia é privada de qualquer fundamento, desmentimos categoricamente essa reconstrução", disseram fontes da presidência italiana no G7.
O comunicado final ainda reitera os "compromissos assumidos no G7 de Hiroshima por um acesso universal, adequado e sustentável aos serviços sanitários para mulheres, incluindo os direitos à saúde sexual e reprodutiva para todos".
No entanto, ao contrário do texto da reunião do Japão, a declaração de Borgo Egnazia não menciona a palavra "aborto", iniciativa encampada pelo governo da premiê de direita da Itália, Giorgia Meloni, e criticada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.
"Vocês conhecem a posição da França, que inseriu o direito ao aborto na Constituição. A mesma sensibilidade não existe no seu país [a Itália]. Lamento, mas respeito porque foi a escolha soberana do seu povo", disse Macron ao ser questionado pela ANSA na última quinta (13).
Sem citar o presidente francês, Meloni criticou quem "faz campanha eleitoral em um fórum precioso como o G7". (ANSA)
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