A Procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu que os magistrados da corte emitam mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e os três grandes líderes do Hamas por crimes de guerra e contra humanidade.
Além do chefe de governo israelense, os procuradores também querem que o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant, seja alvo de um mandado pelos fatos ocorridos na Faixa de Gaza.
Os chefes do grupo fundamentalista islâmico mencionados pela Procuradoria foram Yahya Sinwar, Mohammed Deif, Ismail Haniyeh e Diab Ibrahim Al Masri. Eles, no entanto, também pagariam pelo ataque cometido em solo israelense em outubro de 2023.
"Acreditamos que os crimes contra a humanidade acusados foram cometidos como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestina na implementação da política de Estado. Estes crimes, na nossa avaliação, continuam até hoje", explicaram os procuradores.
Netanyahu defendeu que o pedido é uma "hipocrisia" e uma "vergonha internacional", além de ter deixado claro que isso não impedirá Israel de continuar com suas ações no enclave palestino.
Os Estados Unidos, através do secretário de Estado, Antony Blinken, "rejeitaram" o pedido do procurador do TPI Karim Khan.
Ele acrescentou que o anúncio pode colocar em perigo as negociações para um cessar-fogo.
"Rejeitamos a equiparação de Israel com o Hamas. É vergonhosa", disse.
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