O chefe do Estado-Maior do Exército iraniano ordenou a abertura de uma investigação para apurar as causas do acidente de helicóptero que matou o presidente Ebrahim Raisi e sua comitiva, informou a mídia local nesta segunda-feira (20).
Segundo a agência de notícias Isna, Mohammad Bagheri determinou que "um comitê de alto escalão iniciasse um inquérito" para analisar o caso.
Informações preliminares alegam que o helicóptero caiu numa região montanhosa do Irã, entre as aldeias de Pir Davood e Uzi, na província iraniana de Azerbaijão Oriental, em razão das más condições climáticas.
Ao todo, o acidente provocou a morte de Raisi e de outras sete pessoas a bordo, incluindo o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian. Todos os corpos foram identificados oficialmente.
Após a confirmação da morte, o Conselho de Segurança da ONU prestou uma homenagem ao presidente iraniano e respeitou um minuto de silêncio em sua memória.
Paralelamente, o guia supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, nomeou o então primeiro-vice-presidente, Mohammad Mokhber, como o novo presidente do país. Ele comandará o Irã de forma interina até que uma comissão determine a data das novas eleições, o que ocorrerá em um prazo de 50 dias.
Itália - Hoje, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse que não acredita que o acidente de helicóptero em que Raisi morreu aumentará a tensão no Oriente Médio, porque "não há nenhuma sugestão de que tenha havido um ataque".
"Parece ter sido um acidente devido ao mau tempo, ou talvez um problema técnico. Então eu diria que não deveria haver quaisquer consequências ou grandes choques", afirmou.
O chanceler italiano enfatizou ainda que "gostaria de tranquilizar a todos" porque "não deve haver consequências negativas no exterior".
"Os nossos concidadãos (italianos no Irã) estão bem. Avaliaremos o que vai acontecer nas próximas horas, mas, como não há sinais de atividade externa, como confirmado pelas autoridades iranianas, foi um acidente", acrescentou.
Tajani reiterou também a solidariedade da Itália para com o Irã, que já tinha sido manifestada pela primeira-ministra Giorgia Meloni.
"Lamentamos. Havíamos conversado com o ministro das Relações Exteriores há algumas semanas", lembrou ele, referindo-se ao ao seu homólogo iraniano, Hossein Amirabdollahian, que também morreu no acidente.
"Mesmo quando vocês não concordam um com o outro, a morte é sempre uma coisa ruim. Todos expressamos as nossas condolências", concluiu o italiano.
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