Cerca de 110 mil pessoas já fugiram de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em meio à intensificação dos bombardeios israelenses na cidade, refúgio de centenas de milhares de civis provenientes de outras regiões do enclave.
O número foi divulgado nesta sexta-feira (10) pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa), que disse que "nenhum lugar é seguro" em Gaza e que as condições de vida no território são "atrozes".
"Enquanto os bombardeios das forças israelenses se intensificam em Rafah, os deslocamentos forçados continuam. A Unrwa estima que cerca de 110 mil pessoas fugiram de Rafah em busca de segurança", afirmou a agência no X (antigo Twitter).
"A única esperança é um cessar-fogo imediato", acrescentou. Até a ordem de evacuação emitida por Israel no início da semana, Rafah abrigava mais de 1,2 milhão de pessoas, incluindo 600 mil crianças, de acordo com o Unicef.
Nos últimos dias, as tropas israelenses tomaram o posto de fronteira da cidade palestina com o Egito e reforçaram os ataques aéreos, em preparação para uma possível incursão terrestre em larga escala.
Segundo a agência Reuters, tanques de Israel já controlam a avenida principal que separa as partes oriental e ocidental de Rafah e cercaram o leste do município.
A iminente ofensiva na cidade é condenada pela comunidade internacional, incluindo pelos Estados Unidos, que não fornecerão mais armas de ataque a Israel se o país invadir a localidade palestina. (ANSA)
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