O mau tempo que devastou o Rio Grande do Sul deu uma trégua nesta segunda-feira (6), enquanto boa parte da capital Porto Alegre continua sem água e energia elétrica.
Até o momento, o balanço provisório das inundações no estado é de 83 mortos e 111 desaparecidos, no pior desastre natural da história gaúcha.
Porto Alegre amanheceu sem chuva, com caminhões do Exército continuando a resgatar pessoas em dois bairros periféricos, informou o prefeito Sebastião Melo (MDB). Já o nível do lago Guaíba "está estabilizado" perto de 5,5 metros. Enquanto isso, ministros do governo Lula e parlamentares devem começar a discutir nesta segunda, em Brasília, um "orçamento de guerra" para socorrer as mais de 140 mil pessoas que tiveram de deixar suas casas.
O presidente visitou o Rio Grande do Sul no domingo, sua segunda ida ao estado desde o início das enchentes, e sobrevoou áreas alagadas em Porto Alegre.
"Eu sei que o estado tem uma situação financeira difícil, mas quero dizer que o governo federal vai ajudar vocês", garantiu o mandatário, acompanhado dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), e do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O governo gaúcho, no entanto, continua em alerta para o rompimento de barragens, e a meteorologia prevê que voltará a chover a partir de quarta-feira (8).
Em meio à tragédia, a loja oficial na Arena do Grêmio foi saqueada, mas a diretoria do clube disse que não vai se pronunciar sobre o caso porque agora "o foco está nos resgates e proteção da comunidade". (ANSA)
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