O governo da Turquia anunciou a suspensão das relações comerciais com Israel em virtude das ações do país na Faixa de Gaza.
De acordo com o Ministério do Comércio de Ancara, as exportações e importações foram bloqueadas "até que os israelenses autorizem um fluxo ininterrupto de ajuda humanitária" para o enclave palestino, palco de um sangrento conflito contra o grupo fundamentalista islâmico Hamas.
"A Turquia está envolvida em negociações técnicas sobre alternativas para garantir que os nossos irmãos e irmãs palestinos não sejam afetados", explicou Omer Bolat, chefe da pasta turca.
O político acrescentou que a retomada das relações comerciais entre Turquia e Israel também dependerá de um "cessar-fogo permanente" na Faixa de Gaza.
"Não podíamos ficar parados e assistir. A situação dos últimos desenvolvimentos entre Israel e a Palestina é inaceitável. Temos um objetivo: esperamos que o governo de Benjamin Netanyahu seja forçado a assinar um cessar-fogo", afirmou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse que o comportamento do mandatário turco é de um "ditador" e ignora os "acordos internacionais".
As relações comerciais entre a Turquia e Israel diminuíram após o ataque do Hamas em 7 de outubro e a guerra em Gaza, mas nunca haviam sido completamente rompidas.
Ao mesmo tempo, Israel já notificou o Hamas que, se um acordo não for alcançado dentro de uma semana, as forças do país vão iniciar a operação em Rafah, informou o Wall Street Journal, citando fontes egípcias.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que está "profundamente preocupada" com a situação em Rafah e alertou para um possível "banho de sangue".
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