O governo italiano afirmou nesta sexta-feira (3) que não disponibilizará soldados para a Ucrânia depois que o presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu o envio de tropas terrestres pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para combater contra a Rússia.
"Sempre dissemos que não estamos em guerra com a Rússia e, portanto, não enviaremos soldados italianos para lutar na Ucrânia", enfatizou o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, em Reggio Calabria.
Segundo o chanceler italiano, o governo da premiê Giorgia Meloni defende "o direito da Ucrânia a ser um Estado independente, mas não está em guerra com a Rússia".
"Nossa posição é sempre essa. Nunca mudamos de ideia. Defendemos a liberdade, a independência, mas trabalhamos para construir a paz", acrescentou.
Por fim, Tajani reforçou que a Rússia "está errada em atacar a Ucrânia" e sua atitude foi "uma violação do direito internacional", mas deve construir a paz e por isso todos estão empenhados neste sentido, como no Oriente Médio e no Mar Vermelho para defender o tráfego marítimo comercial".
Ontem (2), Macron insistiu que não descarta o envio de tropas terrestres para Ucrânia. A primeira vez que ele cogitou isso foi em 26 de fevereiro passado, durante uma conferência pró-Ucrânia em Paris, mas foi rapidamente contrariado por outros líderes ocidentais.
"Como eu já disse, não excluo nada, até porque temos diante de nós alguém que não exclui nada. Se a Rússia vencer na Ucrânia, não teremos mais segurança na Europa", alertou Macron na ocasião.
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