O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, cobrou que o grupo fundamentalista islâmico Hamas decida "rapidamente" sobre uma proposta "generosa" feita por Israel para uma trégua na Faixa de Gaza em troca da libertação de reféns.
A declaração foi dada nesta segunda-feira (29) durante uma visita do chefe da diplomacia americana a Riad, na Arábia Saudita, em meio aos esforços da comunidade internacional para evitar uma ofensiva israelense em Rafah.
"O Hamas tem diante de si uma proposta extraordinariamente generosa por parte de Israel. E, neste momento, a única coisa que se coloca entre o povo de Gaza e um cessar-fogo é o Hamas. Eles precisam decidir, e rapidamente", declarou Blinken durante um evento do Fórum Econômico Mundial na capital saudita.
No entanto, um membro do comitê político do Hamas, Izzat al-Risheq, afirmou nesta segunda-feira que a proposta "ainda está em fase de estudo".
Israel exige a libertação imediata de todos os reféns em poder do Hamas, enquanto o grupo islâmico quer a retirada total das forças militares israelenses da Faixa de Gaza, onde 35,5 mil pessoas já morreram desde o início do conflito, em 7 de outubro.
Segundo o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, que também foi à Arábia Saudita, a proposta de acordo estudada pelo Hamas prevê "40 dias de cessar-fogo" e a possível libertação de "milhares de prisioneiros palestinos", em troca da devolução de "todos os reféns" mantidos pelo grupo fundamentalista.
Durante a visita a Riad, Blinken também reiterou a oposição dos EUA a uma ofensiva em Rafah e disse que Israel não apresentou nenhum plano que "permita acreditar que os civis serão protegidos de forma eficaz".
Além do secretário de Estado, outro representante ocidental nesta segunda-feira na Arábia Saudita é o ministro das Relações Exteriores e vice-premiê da Itália, Antonio Tajani, com uma agenda toda voltada à crise no Oriente Médio.
"O objetivo é pressionar por um cessar-fogo imediato, pela libertação de todos os reféns israelenses e para fazer entrar o quanto antes as ajudas para a população civil de Gaza. A emergência é insustentável", disse o chanceler em um comunicado. (ANSA)
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