O Senado dos Estados Unidos aprovou um pacote de US$ 95 bilhões (R$ 488 bilhões) em ajudas militares e econômicas para Ucrânia, Israel e Taiwan.
Fruto de seis meses de negociações, o texto, que já tinha o aval da Câmara dos Representantes, recebeu 79 votos a favor e 18 contrários e deve ser sancionado pelo presidente Joe Biden nesta quarta-feira (24).
"Finalmente! Após seis meses de trabalho duro e muitas reviravoltas, a América manda uma mensagem ao mundo inteiro: não vamos lhe dar as costas", celebrou o líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer.
O principal entrave para a aprovação era a resistência no Partido Republicano em fornecer novas ajudas militares à Ucrânia, que cobra mais armamentos de aliados ocidentais - sobretudo sistemas de defesa antiaérea - para fazer frente à invasão russa.
O novo pacote prevê US$ 61 bilhões (R$ 313 bilhões) para Kiev, e o presidente Volodymyr Zelensky agradeceu aos EUA pelo apoio. "Sou grato ao Senado dos EUA por ter aprovado um auxílio vital para a Ucrânia", disse o mandatário.
Segundo ele, as capacidades de "longo alcance, artilharia e defesa aérea são fundamentais para restabelecer uma paz justa". Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores e vice-premiê da Itália, Antonio Tajani, destacou que o pacote para a Ucrânia “beneficia o percurso de paz porque Putin se sentará à mesa somente quando não for o vencedor do ponto de vista militar”.
Já o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou que o pacote é uma "mensagem forte" aos "inimigos".
Durante a votação, mais de 100 manifestantes pró-Palestina foram detidos em um protesto diante da casa de Schumer em Nova York, enquanto universidades americanas registram crescentes atos em prol da população da Faixa de Gaza.
"O governo dos EUA deveria respeitar os direitos dos estudantes que apoiam a Palestina e garantir o direito à liberdade de expressão", declarou o Ministério das Relações Exteriores do Irã, aliado do grupo fundamentalista islâmico Hamas. (ANSA)
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