(ANSA) - Israel está em alerta para um possível ataque direto do Irã nos próximos dias, em retaliação contra o bombardeio à embaixada do país persa em Damasco, na Síria, que deixou mais de 10 mortos no início de abril.
Segundo o diário americano The Wall Street Journal, um ataque iraniano contra alvos israelenses poderia ocorrer em até "48 horas", enquanto o premiê Benjamin Netanyahu realiza nesta sexta-feira (12) uma reunião sobre os preparativos contra eventuais ações de Teerã.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, confirmou que o nível de alarme é "alto", e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, prometeu uma "resposta apropriada" se o país for atacado.
Em conversa por telefone, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, disse à sua homóloga alemã, Annalena Baerbock, que responder ao bombardeio de Israel contra a embaixada em Damasco é "uma necessidade legítima" para "punir o agressor".
"Se um ataque semelhante tivesse atingido uma missão diplomática na zona de guerra na Ucrânia, as reações dos EUA e da Europa teriam sido as mesmas?", questionou o chanceler.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que trabalha no âmbito diplomático "para que o Irã não ataque Israel diretamente". "Isso levaria a uma escalada em uma área onde a tensão já é muito grande. Esperamos sempre que prevaleça o bom senso", acrescentou. (ANSA)
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