(ANSA) - Um novo ataque russo na região nordeste de Kharkiv, na Ucrânia, deixou ao menos 200 mil pessoas sem energia elétrica, informou a operadora da rede nacional Ukrenergo nesta quinta-feira (11).
De acordo com fontes citadas pela Sky News, as subestações e geradores de eletricidade em cinco regiões foram danificados.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, relatou que mais de 40 mísseis e cerca de 40 drones foram lançados pelos russos.
"Houve outro ataque covarde com mísseis em Kharkiv. Outras regiões também foram alvo, como Kiev, Zaporizhzhia, Odessa e Lviv", escreveu ele no Telegram.
Segundo ele, "todos os nossos parceiros percebem quão crucial é a necessidade de defesa aérea para a Ucrânia". "Precisamos de defesa aérea e não de longas discussões", acrescentou Zelensky.
Hoje, o Verkhovna Rada, Parlamento ucraniano, aprovou o projeto de lei sobre mobilização em segunda leitura. Ao todo, 283 deputados votaram a favor da medida.
A legislação visa a ambiciosa meta de 500 mil recrutamentos durante o ano e, de fato, o seu processo tem sido controverso e suscitado um amplo debate. Com uma emenda, foi excluída da lei a mobilização dos militares depois de 36 meses de serviço, medida que provocou forte protesto.
O texto traz uma série de mudanças ao sistema de recrutamento atual, incluindo a obrigatoriedade de inscrição no serviço militar para homens que integram a segurança pública.
As alterações na mobilização ocorrem em meio ao aumento da ofensiva russa no país, tendo em vista que o Exército ucraniano tem sofrido escassez de armamento e um baixo número de militares.
Para o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, o conflito deflagrado pelo regime de Vladimir Putin no território ucraniano não pode durar anos.
"A Ucrânia pede ajuda especialmente para a defesa aérea. Faltam mísseis Patriot, que a Itália não possui, para se defender dos ataques russos. A ajuda depende muito das decisões dos EUA, mas parece-me que vão no sentido de apoiar Kiev", explicou ele em entrevista na Itália.
Por fim, Tajani enfatizou ainda que é preciso "nos interrogar sobre o problema da paz porque uma guerra que temos à nossa porta não pode durar anos". "Há o risco de uma escalada", concluiu.
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