(ANSA) - O presidente da Bósnia-Herzegovina, Denis Becirovic, pediu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que aumente a presença das tropas no país, para "enfrentar uma deterioração da paz e segurança".
A declaração foi dada por Becirovic após uma reunião com o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg.
"A Otan poderia então dar passos adiante formulando o convite à Bósnia para ingressar", acrescentou.
Stoltenberg, por sua vez, fez uma ressalva: "A Bósnia é há muito tempo um parceiro da Otan, apoiamos fortemente a sua integridade territorial e parabenizamos seus recentes progressos no processo de integração na União Europeia, mas estamos muito preocupados com as políticas separatistas e a retórica incendiária, profundamente irresponsável. Todos os líderes da Bósnia devem trabalhar juntos para fortalecer as instituições".
Durante uma conferência da Aliança Atlântica em Sarajevo, o ministro da Defesa, Zukan Helez, reiterou a intenção de ingressar na Otan: "Nossas Forças Armadas fizeram grandes progressos em termos de cooperação, e esperamos em breve o status de país candidato em vista da adesão".
A Bósnia, porém, tem uma presidência tripartite, com representantes dos três componentes étnicos do país balcânico, e não há consenso entre eles sobre a entrada.
Denis Becirovic, bósnio muçulmano e presidente em exercício do órgão colegiado; e Zeljko Komsic, croata católico, são favoráveis. Zeljka Cvijanovic, sérvia ortodoxa é contrária. Sem a unanimidade entre os três líderes, que se alternam no comando a cada oito meses, a entrada não é possível.
Além disso, o movimento é visto com preocupação por entes da comunidade internacional, como os Estados Unidos, já que poderia ser visto como "provocação" por parte da Rússia, assim como ocorreu com a Ucrânia.
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