(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi criticado nesta sexta-feira (5) pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, em meio às divergências que têm marcado as relações bilaterais nos últimos meses.
Nesta sexta (5), por exemplo, o Brasil votou a favor de uma resolução da ONU, apresentada pelo Paquistão, que proíbe a venda de armas para a administração do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Com Lula, o país mudou a posição defendida nos últimos anos na ONU pela administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Israel.
Também hoje Lula se equivocou durante a Conferência dos Direitos da Criança, dizendo que na Faixa de Gaza morreram 12,3 milhões de crianças palestinas, querendo dizer 12,3 mil.
Katz escreveu nesta sexta-feira (5), nas redes sociais, que "deveria haver uma lei que obrigasse toda pessoa que deseja se tornar presidente a aprender a contar".
O diplomata israelense já havia declarado Lula "persona non grata" em fevereiro, após o mandatário comparar os ataques contra Gaza ao Holocausto nazista.
Alguns meios de comunicação brasileiros têm publicado que a relação com Israel chegou a um ponto crítico e não está descartada a possibilidade da expulsão do embaixador israelense em Brasília, Daniel Zohar Zonshine.
O embaixador já foi convocado para dar explicações pelo Ministério das Relações Exteriores em diversas ocasiões desde o ano passado, devido às críticas ao governo Lula e atitudes de apoio a Bolsonaro.
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