(ANSA) - O Ministério Público de Palermo solicitou nesta sexta-feira (29) uma condenação de 20 anos de prisão para Rosalia, irmã de Matteo Messina Denaro, por supostamente ajudar o falecido líder da máfia Cosa Nostra durante sua fuga de 30 anos da justiça.
Ela é acusada de associação mafiosa agravada e de recebimento de bens roubados. A mulher está presa desde março do ano passado.
Segundo os investigadores, ela ajudou o irmão a escapar da polícia italiana e geriu, em seu nome, o "caixa da família" mafiosa e a rede de transmissão dos "pizzini", permitindo assim ao líder mafioso manter relações com os criminosos durante seu longo período em fuga.
Messina Denaro foi preso em meados de janeiro do ano passado quando saía de uma clínica onde estava fazendo um tratamento contra um câncer em Palermo. Ele morreu em um hospital em L'Aquila em 25 de setembro, aos 62 anos.
O poderoso líder da máfia foi condenado por seu envolvimento em dezenas de assassinatos, incluindo os atentados da Cosa Nostra em 1992, que mataram os juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino.
Além dos assassinatos de Falcone e Borsellino, ele foi condenado pelo assassinato de Giuseppe Di Matteo, o filho de 12 anos de um mafioso testemunha do Estado que foi estrangulado e dissolvido em ácido em 1996, e pelos atentados a bomba em instalações de arte e locais religiosos em Milão, Florença e Roma, que mataram 10 pessoas e feriram mais 40 em 1993.
De acordo com as autoridades italianas, o criminoso teria sido ajudado a escapar da polícia por uma "máfia de classe média", não apenas em torno de seu feudo em Trapani, mas também em torno da Sicília.
No início desta semana, a polícia prendeu três homens, incluindo um arquiteto siciliano, por ajudar Messina Denaro a fugir da polícia.
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