(ANSA) - Mais de um milhão de cidadãos em toda a Ucrânia estão sem energia elétrica após ataques aéreos russos atingirem instalações em diversas regiões do país nesta sexta-feira (22).
A nova ofensiva deixou ao menos três mortos, 16 feridos e três desaparecidos e afetou cerca de 700 mil residentes na região de Kharkiv, 400 mil nas regiões sul de Odessa e sudeste de Dnipropetrovsk (200 mil em cada), e 110 mil em Poltava, segundo o vice-chefe da administração presidencial, Oleksiy Kuleba.
Segundo o ministro de Energia ucraniano, Herman Galushchenko, "o Exército russo lançou o maior ataque às instalações energéticas ucranianas durante a noite desde o ano passado".
"O objetivo não é apenas prejudicar, mas tentar novamente, como no ano passado, provocar o colapso do sistema energético do país", acrescentou.
O ministro destacou ainda que "as centrais de produção de energia e os sistemas de transmissão e distribuição foram afetados e danificados nas regiões Leste, Nordeste e Centro. Há apagões em diversas regiões. Foi uma noite difícil".
Em Khmelnytsky, oeste da Ucrânia, duas pessoas foram mortas e oito ficaram feridas no atentado, revelou o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, citado pelo Ukrainska Pravda.
"Esta manhã, o inimigo atacou a infraestrutura, foram registradas a destruição de edifícios residenciais e vítimas civis. Zaporizhzhia, Khmelnytskyi, Odessa, Dnipropetrovsk, Poltava, Mykolaiv, Vinnytsia, Lviv e Ivano-Frankivsk foram atacadas pelo inimigo", escreveu Klymenko no Telegram.
O conselheiro do presidente da câmara de Mariupol, Pyotr Andryushchenko, relatou ainda que o Exército russo também bombardeou a central hidroelétrica de Dnipro e um míssil russo atingiu um ônibus cheio de trabalhadores que atravessava a barragem e feriu dezenas de pessoas.
Paralelamente, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, voltou a afirmar que seu país está fazendo tudo o que pode para apoiar a Ucrânia na guerra desencadeada pela invasão russa.
"No que diz respeito à Ucrânia, estamos a fazer tudo o que podemos e o Conselho Europeu está a fornecer respostas", declarou ela após a cúpula em Bruxelas.
De acordo com Meloni, "a Itália está convencida do que está fazendo para construir a paz e defender o respeito pelas regras". "Não é fácil para ninguém, mas estamos fazendo o nosso melhor".
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA