(ANSA) - Representantes do Ministério das Relações Exteriores da Itália, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), do Programa Alimentar Mundial (PAM), e da Federação da Cruz Vermelho e do Crescente Vermelho (Ficross) se reuniram nesta segunda-feira (11) para o lançamento da iniciativa “Food for Gaza” (Comida para Gaza, em português).
Em uma coletiva de imprensa após o encontro, o chanceler italiano, Antonio Tajani, disse que o objetivo foi coordenar a ação das organizações: “Queremos criar uma iniciativa que permita fazer mais diante da situação humanitária em Gaza”.
O coordenador, do lado do governo, será Bruno Archi, embaixador da Itália na FAO.
“Informarei o G7, o Conselho Europeu de Assuntos Exteriores, o governo de Israel e a ANP [Autoridade Nacional Palestina] sobre a iniciativa. E através dos países árabes que dialogam com o Hamas, também enviaremos a mensagem ao Hamas”, disse Tajani.
Ele lembrou que o país já concedeu 20 milhões de euro para ajuda humanitária, mas disse que está pronto para fazer mais investimentos “para ajudar a população civil palestina”, e que o principal objetivo do projeto é um trabalho de coordenação para permitir que o maior número possível de ajudas chegue aos civis.
"Hoje é o primeiro dia do Ramadã, devemos fazer o máximo para apoiar a população civil de Gaza que está sofrendo e se preparando para celebrar. Apoiamos Tajani nesta importante iniciativa e faremos o nosso melhor para garantir que possamos acessar as áreas”, disse o diretor da FAO, Qu Dongyu.
"Com lançamentos do alto, não podemos alcançar todas as pessoas. A única maneira de fazê-lo é através do cruzamento de Rafah ou pelo mar. Precisamos de 300 caminhões entrando em Gaza todos os dias, e também precisamos entrar por Israel e precisamos abrir um porto para permitir o acesso de bens humanitários”, disse a diretora-executiva do PAM, Cindy McCain.
"A extensão da crise em Gaza requer uma resposta humanitária coletiva e esta é uma iniciativa muito significativa, que ajudará a enfrentar as crescentes necessidades humanitárias na Faixa que requerem uma solução", disse o vice-secretário-geral da Ficross, Xavier Castellanos.
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