(ANSA) - Subiu para 30.717 o número de palestinos mortos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023. O balanço foi atualizado a partir das informações das mortes de 86 palestinos nas últimas 24 horas. O número de feridos chegou a 72.156.
Nesta quarta-feira (6), os Estados Unidos revisaram o texto do projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU para apoiar "um cessar-fogo imediato de cerca de seis semanas em Gaza junto com a libertação de todos os reféns".
Segundo os meios de comunicação internacionais, um rascunho inicial mostrava apoio a um “cessar-fogo temporário”. Washington até agora vetou três projetos de resolução, dois dos quais pediam um cessar-fogo imediato.
Os EUA afirmaram que pretendem conceder tempo para negociações sobre seu projeto e que não vão correr para uma votação.
Já a União Europeia está "considerando cuidadosamente" a possibilidade de entregar ajuda à Faixa de Gaza por paraquedas, assim como fizeram os EUA.
Um porta-voz da Comissão Europeia disse, no entanto, que a UE "não dispõe de meios" para fazê-lo e, portanto, a operação seria conduzida ou por "organizações internacionais" ou por meio de "um Estado-membro".
Também nesta quarta, uma comissão de inquérito oficial atribuiu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a "responsabilidade pessoal" por um massacre ocorrido em abril de 2021, quando 45 judeus ortodoxos foram mortos esmagados pela multidão durante uma celebração religiosa no monte Meron, na Galiléia.
O vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani, disse que organizará na próxima segunda-feira (11) um encontro com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos "para coordenar melhor a ajuda humanitária que passa por organizações com sede em Roma, a ser enviada a Gaza".
Ele enfatizou a necessidade de “acelerar e melhorar” a ajuda humanitária através da iniciativa “Food for Gaza”.
Entre os principais objetivos da iniciativa está entender o que é necessário fazer para, no momento do cessar-fogo, reiniciar a agricultura e a criação de animais.
A guerra devastou mais da metade das terras cultivadas, atingiu poços de água e criações de gado bovino e ovino.
Portanto, trata-se não apenas de uma operação destinada a fornecer ajuda alimentar imediata, mas também construída para pensar como reabilitar a alimentação.
Em Gaza, cerca de 50% da população está em situação de emergência alimentar, com pelo menos uma em cada quatro famílias - mais de meio milhão de pessoas - vivendo em condições catastróficas ou semelhantes à fome.
Oitenta e cinco por cento da população do território foi forçada a deixar suas casas devido à grave escassez de alimentos, água limpa e medicamentos, enquanto 60% das infraestruturas foram danificadas ou destruídas.
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