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Netanyahu apresenta plano para futuro de Gaza sem Unrwa

Netanyahu apresenta plano para futuro de Gaza sem Unrwa

Projeto prevê administração do enclave por civis palestinos

TEL AVIV, 23 fevereiro 2024, 13:54

Redação ANSA

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Palestinos oram em mesquita em ruínas em Rafah, na Faixa de Gaza © ANSA/EPA

(ANSA) - O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou pela primeira vez um plano para o futuro da Faixa de Gaza após a guerra contra o grupo fundamentalista Hamas, iniciada em 7 de outubro e que já deixou cerca de 30 mil mortos no enclave palestino.

O texto levado ao gabinete de segurança israelense fala em instalar "funcionários locais" que não estejam ligados ao "terrorismo" para administrar Gaza no lugar do Hamas, que controla o território atualmente e matou 1,2 mil pessoas nos ataques do ano passado.

O plano não cita a Autoridade Nacional Palestina (ANP) nem exclui sua participação, mas diz que questões civis no enclave serão geridas por funcionários locais com "experiência administrativa".

No entanto, Netanyahu quer que a segurança na Faixa de Gaza fique sob os cuidados de Israel, além de pregar o fechamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa), acusada de dar guarida a colaboradores do Hamas.

Segundo o plano, Israel trabalhará para substituir a Unrwa por "organizações humanitárias internacionais responsáveis".

O documento reitera que a guerra continuará até a "destruição das capacidades militares e das estruturas de governo do Hamas e da Jihad Islâmica, o retorno dos reféns e a remoção de qualquer ameaça à segurança" de Israel.

Está prevista também a criação de uma zona de segurança no lado palestino da fronteira com prazo de vigência indeterminado, hipótese em contraste com os Estados Unidos, que defendem a manutenção da integralidade da atual extensão da Faixa de Gaza.

O porta-voz de Mahmoud Abbas, presidente da ANP, criticou o plano do governo Netanyahu e disse que "Gaza será parte do Estado palestino independente, com Jerusalém como capital". "Qualquer projeto diferente disso está destinado ao fracasso", afirmou. (ANSA)

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