(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou nesta quinta-feira (22) que o Kremlin tem uma "responsabilidade enorme" na morte do líder de oposição russo Alexei Navalny, ainda que seja de forma indireta.
O dissidente sofreu um suposto mal súbito, segundo o serviço penitenciário federal da Rússia, na colônia penal onde estava encarcerado na Sibéria. O caso levantou suspeitas de um possível envolvimento do regime de Vladimir Putin, que ainda não liberou o corpo de Navalny para a família.
"É possível morrer pelas mãos de um assassino ou por morte provocada. Diretamente ou não, é sempre um homicídio. O Kremlin tem uma enorme responsabilidade", disse Tajani em sabatina promovida pela ANSA.
O ministro ainda destacou que a Itália "não está em guerra com a Rússia", mas deixou claro que o governo trabalha "pela paz e para impedir que haja uma vitória" de Moscou. "Esperamos que se possa chegar a uma tratativa, mas não podemos renunciar à defesa da liberdade e do direito internacional", salientou.
Na última quarta-feira (21), o Ministério das Relações Exteriores italiano convocou o embaixador russo em Roma para cobrar "pleno esclarecimento" da morte de Navalny. (ANSA
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