(ANSA) - O alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, afirmou nesta sexta-feira (16) que o bloco “está muito preocupado com os planos do governo israelense relacionados a uma possível operação terrestre em Rafah, onde mais de um milhão de palestinos estão atualmente se refugiando dos combates”.
“A UE reconhece o direito de Israel se defender de acordo com o direito internacional e o direito humanitário internacional”, complementou, mas “pede ao governo israelense que não empreenda uma ação militar em Rafah que pioraria uma situação humanitária já catastrófica e impediria o fornecimento de serviços básicos e de assistência humanitária necessária”.
O ministro do gabinete de guerra israelense, Benny Gantz, disse que o país empreenderá a ação em Rafah caso o Hamas não devolva os reféns que estão em seu poder.
Ele sinalizou que não haverá cessar-fogo em caso contrário, mesmo com a proximidade do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.
A região de Rafah está superlotada, com um aumento de cinco vezes a população desde o início dos ataques.
Mais de 1 milhão de deslocados fugiram para o local, se instalando em acampamentos improvisados.
Até o momento, essa era uma das únicas áreas mais poupadas pelos avanços militares de Israel.
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