(ANSA) - O Exército de Israel libertou dois reféns durante uma operação terrestre e aérea em Rafah, no extremo-sul da Faixa de Gaza, na madrugada desta segunda-feira (12).
Fernando Simon Marman, 60 anos, e Louis Har, 70, têm dupla cidadania israelense e argentina e haviam sido raptados pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas no Kibutz Nir Yitzhak nos atentados terroristas de 7 de outubro.
"Ambos estão em boas condições médicas e foram transferidos para exames no hospital Sheba Tel Hashomer [em Tel Aviv]", diz uma nota das Forças de Defesa de Israel (IDF), que promete usar "todos os meios para resgatar os reféns" restantes.
Segundo Marman e Har, eles eram mantidos em cativeiro "na casa de uma família" no centro de Rafah, última cidade da Faixa de Gaza antes da fronteira com o Egito. Em nota, o gabinete do presidente da Argentina, Javier Milei, que esteve em Israel na semana passada, agradeceu pela libertação dos dois compatriotas e reiterou a "condenação ao terrorismo do Hamas".
A operação israelense em Rafah deixou cerca de 100 palestinos mortos, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que contabiliza 28.430 falecidos no enclave desde o início da guerra. O resgate dos reféns foi acompanhado pelo premiê Benjamin Netanyahu e pelo ministro da Defesa Yoav Gallant do Centro de Comando das Forças Armadas.
De acordo com o porta-voz militar Daniel Hagari, Marman e Har estavam no segundo andar de um prédio tomado por "terroristas armados". Estima-se que mais de 100 pessoas ainda sejam mantidas sob cativeiro pelo Hamas.
"Apenas uma constante pressão militar, até a vitória total, nos levará à libertação de todos os reféns", disse Netanyahu.
Por sua vez, o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, chamou de "terrificante" a perspectiva de uma "verdadeira" ofensiva israelense contra Rafah. "Considerando a carnificina ocorrida até agora em Gaza, podemos imaginar perfeitamente o que acontecerá em Rafah", declarou Turk em uma nota. (ANSA)
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