(ANSA) - Fontes israelenses negaram nesta quarta-feira (24) uma "reviravolta" nas negociações com o Hamas para uma trégua temporária que permita a libertação de mais reféns pelo grupo fundamentalista islâmico.
Nas últimas horas, a mídia internacional citou a possibilidade de um cessar-fogo de 30 dias na guerra na Faixa de Gaza, porém ainda não há nenhuma confirmação oficial.
"As informações de progressos nas negociações e de uma reviravolta não são corretas, e ainda existem muitas distâncias", disse uma fonte citada pela imprensa local.
"É tudo muito complicado, há um contínuo endurecimento das posições do Hamas. Ninguém deve se enganar, isso vai exigir muito tempo", salientou.
O premiê Benjamin Netanyahu é pressionado por familiares de reféns e por parte da sociedade civil para fazer mais em prol da libertação das pessoas mantidas em cativeiro pelo Hamas desde 7 de outubro.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro garante que a guerra não vai parar enquanto o grupo fundamentalista não for destruído.
"Essa é uma guerra por casa e só vai terminar quando tivermos rechaçado a maldade dos novos nazistas", disse Netanyahu nesta quarta, em discurso no Parlamento. "Não haverá qualquer compromisso sobre a garantia da nossa segurança para as futuras gerações", assegurou.
Os ataques israelenses na Faixa de Gaza já mataram 25,7 mil pessoas, em sua maioria crianças e mulheres, segundo o Ministério da Saúde do enclave palestino.
Israel contabiliza 1,2 mil mortos nos atentados terroristas de 7 de outubro e cerca de 200 baixas militares durante a incursão terrestre em Gaza.
Atualmente, a ofensiva israelense se concentra em Khan Younis, no sul do enclave, e também na parte central do território.
Em sua audiência geral nesta quarta-feira, o papa Francisco voltou a fazer um apelo em defesa da paz e disse que a guerra é a "negação da humanidade".
"Não nos cansemos de rezar pela paz, para que as armas se calem e as populações que sofrem sejam socorridas. Penso no Oriente Médio, na Palestina, em Israel, penso nas notícias inquietantes da martirizada Ucrânia. Imploro a todos, especialmente a quem tem responsabilidade política, que protejam a vida humana colocando fim às guerras", declarou. (ANSA)
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