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Corte da Albânia suspende acordo sobre migrantes com Itália

Corte da Albânia suspende acordo sobre migrantes com Itália

Proposta prevê criar centros de acolhimento no país balcânico

TIRANA, 13 dezembro 2023, 15:29

Redação ANSA

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Edi Rama e Giorgia Meloni firmaram acordo - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - A Corte Constitucional da Albânia decidiu nesta quarta-feira (13) suspender os procedimentos parlamentares para a aprovação do acordo para acolhimento de migrantes entre o país e a Itália. A questão seria analisada na quinta-feira (14).

O tribunal foi acionado por dois recursos apresentados separadamente pelo Partido Democrático Albanês e outros 28 deputados alinhados ao ex-primeiro-ministro de centro-direita, Sali Berisha.

Nos recursos, foi argumentado que o acordo viola a Constituição e as convenções internacionais das quais a Albânia é signatária.

Isso significa que a ratificação parlamentar do acordo está suspensa até que o tribunal emita uma sentença, com um prazo de 3 meses.

O acordo firmado entre os primeiros-ministros da Itália, Giorgia Meloni, e da Albânia, Edi Rama, para construir centros de acolhimento de migrantes no país balcânico causou polêmica na política italiana e na União Europeia.

Os dois líderes anunciaram o plano em novembro, prevendo a instalação de dois centros para migrantes na Albânia que possam abrigar até três mil pessoas. O movimento anual poderia chegar a 36 mil pessoas.

Também nesta quarta, fontes da União Europeia disseram que em uma carta enviada pela presidente do Poder Executivo do bloco, Ursula von der Leyen, aos Estados-membros, foi demonstrado apoio à ideia.

Segundo essas fontes, no texto, o acordo entre Itália e Albânia é descrito como "um modelo" a ser observado.

"Testemunhamos importantes iniciativas, como o acordo operacional entre Itália e Albânia. Este é um exemplo de pensamento inovador, baseado em uma justa partilha de responsabilidades com países terceiros, em conformidade com as obrigações estabelecidas pelo direito da UE e internacional", teria escrito von der Leyen.
   

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