(ANSA) - A cidade de Nápoles decidiu conceder o título de cidadão honorário ao ativista australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks atualmente detido na prisão de Belmarsh, em Londres, em meio aos esforços dos Estados Unidos para extraditá-lo.
O pergaminho, juntamente com a medalha da cidade, foi entregue pelo prefeito de Nápoles, Gaetano Manfredi, para Stella Moris, esposa de Assange, durante uma cerimônia solene realizada no território italiano.
"Este prêmio representa simbolicamente um apelo da cidade de Nápoles, uma cidade que sempre defendeu todas as liberdades", declarou Manfredi.
Segundo ele, "se queremos defender e fortalecer as democracias, devemos defender a liberdade de imprensa". "Devemos sempre lembrar que uma democracia forte se faz com uma imprensa forte", enfatizou.
Por sua vez, a esposa de Assange agradeceu a todos e pediu que "continuem lutando até que Julian esteja livre".
Recentemente, 16 membros do Congresso dos EUA, incluindo a republicana e feroz apoiadora de Donald Trump, Marjorie Taylor Greene, e a democrata Alexandria Ocasio-Cortez escreveram ao presidente Joe Biden pedindo-lhe que desistisse da extradição.
Em junho do ano passado, a então secretária britânica do Interior, Priti Patel, assinou a ordem de extradição do jornalista para os EUA, onde ele é acusado de 18 crimes ligados ao vazamento de documentos secretos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque.
Assange tentou recorrer, mas, em 6 de junho de 2023, a Suprema Corte do Reino Unido rejeitou a apelação. Se for condenado nos EUA, Assange pode pegar até 175 anos de prisão.
O presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva chegou a expressar preocupação pela iminente extradição de Assange, e um grupo de personalidades pediu que o governo brasileiro conceda asilo político ao jornalista.
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