(ANSA) - No dia em que o conflito no Oriente Médio completa um mês, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, lamentou em Brasília a "paralisia" do Conselho de Segurança da ONU frente à crise humanitária que afeta a zona conflagrada.
"Em outubro, ocupamos a presidência do Conselho de Segurança, o que coincidiu com os trágicos desenvolvimentos em Israel e na Faixa de Gaza. Mobilizamos todos os nossos esforços parareverter a paralisia em favor de uma solução para a alarmante situação humanitária da região", afirmou o diplomata durante um evento com investidores.
Durante seu mandato temporário do Conselho, o Brasil apresentou projetos de resolução pelo cessar-fogo, a liberação dos reféns em poder do Hamas e a criação de um corredor humanitário entre Gaza e Egito.
"É lamentável, além de moralmente inaceitável, que uma vez mais o Conselho não tenha conseguido estar à altura de seu nobre mandato", acrescentou o chefe da diplomacia brasileira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu esse projeto de resolução em conversas com diversos colegas de vários países, mas a iniciativa não prosperou.
Vieira mencionou o papel desempenhado por Lula em favor de um maior protagonismo internacional do Brasil em 2023, que "será um dos anos com o maior nível de atividade diplomática da história do país", assegurou.
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