(ANSA) - A ativista iraniana Narges Mohammadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2023, iniciou uma greve de fome na prisão de Evin, no Teerã, informaram seus familiares nesta segunda-feira (6).
A decisão foi tomada em protesto contra as condições nas quais é mantida no local, a falta de cuidados médicos para os detidos e a obrigatoriedade do véu hijab para as mulheres na República Islâmica.
"Narges Mohammadi informou sua família, através de uma mensagem da prisão de Evin, que iniciou uma greve de fome há algumas horas. Estamos preocupados com suas condições físicas e saúde", diz o comunicado.
A ativista iraniana pelos direitos das mulheres foi laureada com o Prêmio Nobel da Paz há exatamente um mês, por "sua luta contra a opressão às mulheres no Irã e para promover os direitos humanos e a liberdade para todos".
Mohammadi, que começou a se envolver com causas sociais ainda nos anos 1990, quando estudava física na universidade, já foi detida pelo regime por 13 vezes, acumulando cinco condenações e sentenciada a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas.
Atualmente, ela está presa desde 2021 na prisão de Evin, em Teerã, sob a acusação de "espalhar propaganda contra o Estado".
No entanto, de acordo com seus familiares, seu estado de saúde é frágil, principalmente porque um exame de eletrocardiograma feito na prisão indicou a necessidade de uma internação urgente devido a obstruções de duas veias e pressão pulmonar elevada.
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