(ANSA) - Um dia depois que o primeiro grupo de quatro italianos deixou a Faixa de Gaza, uma menina italiana de seis anos e sua mãe palestina também cruzaram a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, nesta quinta-feira (2).
A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália, que revelou que as duas estão sendo acompanhadas por funcionários da Embaixada italiana no Cairo para o seu posterior regresso a Roma.
"Estou particularmente feliz pelo desfecho positivo do caso desta menina, que amanhã fará seis anos, e de sua mãe", comentou o vice-premiê e chanceler italiano, Antonio Tajani.
O ministro italiano também agradeceu todo o "pessoal envolvido na operação, desde os funcionários dos escritórios diplomáticos do Cairo, Tel Aviv e Jerusalém, ao nosso serviço de inteligência que, com a coordenação constante da Unidade de Crise da Farnesina, obteve este importante resultado".
Em nota, o governo da premiê Giorgia Meloni explica que a saída de cidadãos estrangeiros da Faixa de Gaza para o Egito continuará graças ao acordo entre as autoridades israelenses e egípcias.
"Estamos agora empenhados em encorajar a fuga de cidadãos com dupla nacionalidade ítalo-palestina e das suas famílias, que ainda se encontram em Gaza à espera de serem evacuados", afirmou Tajani, acrescentando que "as operações são complexas e não dizem respeito apenas à Itália".
Ontem, cerca de 450 pessoas, incluindo quatro italianos voluntários de ONGs internacionais, cruzaram a fronteira em Rafah em direção ao Egito, no primeiro dia de abertura da passagem desde o início da guerra, em 7 de outubro.
"Os primeiros quatro compatriotas que partiram ontem estão de bom humor e com boa saúde. Foram acompanhados durante a noite ao Cairo, onde está localizado o hospital italiano Umberto I, e assim que possível, quando quiserem, serão repatriados", concluiu Tajani.
A expectativa é de que mais 400 cidadãos com dupla nacionalidade deixem Gaza através da passagem de Rafah, segundo o porta-voz palestino Wael Abou Mohssen.
Até o momento, 9.061 pessoas foram mortas em Gaza desde o início da guerra, sendo 3.760 crianças, informou o Ministério da Saúde local. Ao todo, 32 mil cidadãos ficaram feridos.
Por outro lado, o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, relatou que o número de reféns detidos pelo Hamas e outras fações palestinas subiu para 242.
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