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Ataques de Israel a Gaza mataram mais de mil crianças, diz ONG

Ataques de Israel a Gaza mataram mais de mil crianças, diz ONG

Durante 10 dias, 1 menor palestino morreu a cada 15 minutos

TEL AVIV, 17 outubro 2023, 14:07

Redação ANSA

ANSACheck

Ataque de Israel atinge Gaza © ANSA/EPA

(ANSA) - A organização Save the Children informou nesta terça-feira (17) que mais de mil crianças foram mortas em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza nos últimos 11 dias. O número representa uma morte a cada 15 minutos. O número de menores mortos representa cerca de um terço do total das vítimas.

"O tempo está se esgotando para as crianças de Gaza. Hoje está prevista a reunião do Conselho de Segurança da ONU. É preciso um cessar-fogo para salvar suas vidas. Sem o fim dos combates, as vidas de milhares de crianças estão por um fio", disse o diretor da organização, Jason Lee.

A Organização das Nações Unidas também informou que um ataque israelense provocou ao menos seis mortes de pessoas refugiadas em uma escola em Gaza. A informação foi divulgada pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa).

Além disso, ao menos 15 jornalistas morreram nos primeiros 10 dias do conflito entre Israel e Hamas, segundo dados compilados pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas e divulgados nesta terça-feira.

O número impressiona sobretudo em comparação com a situação do conflito entre Rússia e Ucrânia, já que o mesmo número de jornalistas morreu em dois anos de guerra.

No conflito no Oriente Médio, oito jornalistas ficaram feridos, e ao menos três são considerados desaparecidos ou foram presos.

Dos 15 mortos, 11 eram palestinos, vítimas dos bombardeios de Israel a Gaza. Três eram israelenses vítimas de ataques do Hamas, e um libanês morreu em um ataque que o governo de Beirute atribuiu a um míssil israelense. Cerca de metade eram fotógrafos ou cinegrafistas.

"Os jornalistas são civis que fazem um trabalho importante em tempos de crise e não devem virar alvos das partes da guerra", disse Sherif Mansour, coordenador do CPJ para o Oriente Médio e o Norte da África, apelando para que os envolvidos garantam a segurança da imprensa.
   

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