(ANSA) - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou nesta segunda-feira (10) que "o único caminho para a paz" no Oriente Médio é "a solução de dois Estados".
"Seguimos convencidos de que o único caminho para a paz é uma solução justa e sustentável de dois Estados, negociada diretamente entre as partes, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo direito internacional e as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança", disse Tajani em sessão da Câmara dos Deputados da Itália.
O ministro destacou que é necessário voltar à "visão dos acordos de Oslo", com "dois Estados feitos para viver em reconhecimento mútuo e para a realização de dois direitos: o de Israel de existir e viver em paz e segurança, e o dos palestinos de ter uma pátria".
Para Tajani, "é uma esperança que a guerra parece ter destruído tragicamente": "Mas que não devemos abandonar.
Trabalhar para silenciar as armas, ajudar as populações que sofrem e relançar um horizonte político e um retorno das partes à mesa de negociações".
A Itália, segundo o ministro, "trabalha para este objetivo, com a força que provém de ser um interlocutor com credibilidade e equilibrado, país fundador da União Europeia e futuro presidente do G7".
"Só há um responsável dessa louca espiral de violência: Hamas. O ataque do Hamas contra Israel é um ato de agressão muito grave, sem justificativa. Causou centenas de vítimas inocentes e milhares de feridos. Reviveu um conflito que agora corre o risco de se estender, com consequências devastadoras", declarou.
"Uma ação tão brutal e irresponsável deve ser condenada sem ambiguidades", declarou, na sessão sobre o ataque. Ele também destacou o eventual papel mediador do Egito no conflito: "Egito é um interlocutor crucial e pode desempenhar, como fez no passado, um papel fundamental como intermediário com Hamas em situações de crise, também para facilitar negociações sobre os reféns".
Após a exposição, a Câmara dos Deputados aprovou, com 299 votos favoráveis, a resolução da maioria que determina que o governo "evite que cheguem fundos ao Hamas através de canais institucionais, organizações internacionais ou privadas, que sejam usadas para financiar ataques terroristas e incitar o ódio contra Israel".
O texto também pede um empenho do Executivo para desenvolver "uma ação diplomática com os principais parceiros e atores regionais para evitar a escalada do conflito".
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