(ANSA) - A polícia italiana realizou nesta terça-feira (26) uma nova operação na cidade de Caivano, na província de Nápoles, que se tornou foco das atenções na Itália após um estupro coletivo contra duas primas de 10 e 12 anos de idade.
Segundo fontes locais, as autoridades executaram nove medidas cautelares contra sete menores e dois adultos suspeitos de estarem envolvidos no caso.
Essas medidas podem variar desde a detenção até à prisão domiciliar e à obrigação do grupo de comparecer regularmente à polícia. A operação foi feita após a análise de provas após a apreensão de telefones celulares de vários suspeitos.
"As detenções desta manhã são um sinal muito importante e a atenção não cessará", disse o prefeito de Caivano, Claudio Palomba.
A região foi alvo das atenções do país após um grupo de seis adolescentes estuprarem duas menores no Parque Verde de Caivano, um conjunto habitacional nos arredores de Nápoles e que nos últimos anos se caracterizou pela presença do crime organizado e pela violência. O caso levou a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, a visitar a área.
No início do mês, a polícia italiana já havia deflagrado uma vasta operação na cidade, onde apreendeu até 44 mil euros, possivelmente lucro de atividades ilegais, coquetel molotov, projéteis e até animais exóticos.
De acordo com as autoridades, um dos nove jovens presos por suspeita do estupro coletivo das duas primas filmou uma das violações sexuais com seu celular e transmitiu ao vivo nas redes sociais.
O juiz de investigações preliminares (GIP), Umberto Lucarelli, disse que os suspeitos “aproveitaram-se brutalmente da fragilidade e tenra idade de suas vítimas, certos de que não seriam denunciados por causa da vergonha e da ameaça de distribuição de imagens dos ataques”.
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