(ANSA) - Mais de 100 mil migrantes forçados já chegaram à Itália pela rota do Mediterrâneo Central em 2023, e o país está próximo de superar o número registrado no ano de 2022 inteiro.
Segundo dados do Ministério do Interior, 101.386 deslocados internacionais desembarcaram na costa italiana entre 1º de janeiro e as 8h (horário local) desta quarta-feira (16), um aumento de 107% em relação ao mesmo período do ano passado (48.940).
Apenas em agosto, o país recebe uma média de 765 migrantes forçados por dia através do Mediterrâneo. Os principais países de origem dos deslocados são Guiné (12.040), Costa do Marfim (11.888), Egito (7.821), Tunísia (7.814) e Bangladesh (6.912).
Os dois primeiros ficam na África Subsaariana; os dois seguintes, no norte do continente africano; e o quinto, no sul da Ásia.
O agravamento da crise migratória no Mediterrâneo acontece apesar da postura linha dura prometida pela premiê Giorgia Meloni. No início do ano, seu governo aprovou um decreto para limitar os resgates feitos por navios de ONGs humanitárias, mas não foi suficiente para controlar os fluxos migratórios.
Parte do aumento registrado em 2023 se deve à piora da situação política e econômica na Tunísia, que superou a Líbia e se tornou o principal vetor das viagens clandestinas no Mediterrâneo Central.
Em 2022 inteiro, a Itália recebeu pouco mais de 105 mil migrantes forçados, segundo o Ministério do Interior. (ANSA)
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