(ANSA) - A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) realizou nesta quinta-feira (10) uma cúpula extraordinária sobre a crise no Níger e tentou aumentar a pressão sobre os golpistas, mantendo a porta aberta à diplomacia.
O grupo ordenou a mobilização das forças armadas das nações da organização, mas durante a reunião, realizada em Abuja, na Nigéria, os líderes disseram que ainda estão dispostos a insistir na via do diálogo.
Ao abrir os trabalhos da cúpula, o líder nigeriano, Bola Tinubu, afirmou: "o fundamento da nossa abordagem é dar prioridade às negociações diplomáticas e ao diálogo.
Infelizmente nosso ultimato de uma semana [encerrado no último domingo, dia 6] não produziu resultados".
"Devemos engajar todos os envolvidos, incluindo os golpistas, em discussões sérias, para convencê-los a ceder o poder e reinstaurar o presidente Bazoum", concluiu.
O comunicado final, no entanto, teve outro tom, já que a Cedeao anunciou um arrocho das sanções ao Níger e ordenou que os chefes de Exército dos 11 países do bloco "ativem as forças de segurança em modo de espera" para uma possível intervenção.
Do lado nigerino a resposta foi enviada em forma de desafio: a junta militar formou um novo governo, nomeando o civil Ali Mahaman Lamine Zeine como premiê e instaurando 20 novos ministérios.
O regime também afirmou a uma diplomata americana que irá assassinar o presidente deposto Mohamed Bazoum caso os países vizinhos tentem algum tipo de intervenção militar.
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