(ANSA) - Um general ucraniano confirmou nesta quinta-feira (13) que o país recebeu as controversas bombas de fragmentação dos Estados Unidos.
"Acabamos de receber, mas ainda não utilizamos", declarou o militar Oleksandr Tarnavskyi em entrevista à emissora CNN.
Ainda de acordo com o general, os artefatos explosivos "podem mudar radicalmente" a situação no campo de batalha. Além disso, Tarnavskyi comentou que as forças ucranianas terão uma "vantagem" com esse novo armamento.
O general confirmou que o exército ainda decidirá as "áreas onde será possível utilizar" as bombas de fragmentação, acrescentando que os russos se enganam ao pensar que as forças de Kiev usarão o equipamento "em todas as áreas do fronte".
Esse artefato explosivo recebido pela Ucrânia é proibido em mais de 100 países por seu alto poder de destruição. Chamado também de "cluster", ele é composto por uma caixa que se abre no ar e espalha inúmeras bombas menores.
Vale destacar que Estados Unidos, Ucrânia e Rússia não assinaram o tratado que proíbe a produção e a utilização das bombas de fragmentação.
O problema é que muitas dessas sub-bombas não explodem no primeiro impacto, fator que pode acarretar sérios riscos para civis, assim como acontece com as minas terrestres.
Uma pesquisa da própria CNN apontou que quase 95% das vítimas da bomba de fragmentação são civis, principalmente crianças.
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