(ANSA) - As autoridades italianas denunciaram neste sábado (10) três dos 15 migrantes clandestinos que tentaram sequestrar a embarcação turca Galata Seaway por porte de armas.
As duas facas e o estilete encontrados com o grupo foram apreendidos, enquanto que os 13 homens serão acompanhados até um centro de acolhimento. Duas mulheres, incluindo uma grávida, que também estavam a bordo do navio, estão no hospital para fazer exames.
O Ministério Público abriu uma investigação para apurar se os migrantes, de fato, tinham a intenção de sequestrar o navio, o que motivou uma ação rápida das forças de segurança italianas ontem (9) no Mar Adriático, na costa próxima a Nápoles, e a detenção dos responsáveis.
"O episódio de pirataria ocorrido em nossas costas teve uma resposta extraordinária, imediata e eficaz de nossa Defesa. É um ato criminoso sem precedentes, deve-se destacar o grande trabalho das Forças Armadas", disse o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto.
Segundo relatos, o capitão da embarcação disse aos investigadores que viu dois imigrantes ilegais empunhando facas vagando pela área do motor do navio, onde, no entanto, não puderam entrar. Na ocasião, os dois se juntaram aos demais, e um alarme foi acionado.
No entanto, ainda não está claro o que os imigrantes ilegais queriam fazer com as facas nem se houve ou não uma tentativa de sequestro. Até o momento nenhuma providência foi tomada e não há suspeitos, mas todos que estavam a bordo do navio foram detidos.
As investigações são coordenadas pela promotoria de Nápoles, Enrica Parascandolo, e tem como objetivo identificar as pessoas envolvidas, estabelecer quais eram suas verdadeiras intenções e a possível existência de vínculos com gangues terroristas.
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