(ANSA) - O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serghei Ryabkov, deu uma entrevista à ANSA nesta quinta-feira (23) em que chamou a posição da Itália na guerra da Ucrânia como "deplorável".
"A Itália está sempre nos nossos corações, mas neste momento, politicamente e em termos de segurança, está entre os países na vanguarda dos que querem provocar uma derrota estratégica da Rússia. E isso é deplorável. Por séculos, a Itália teve relações extraordinárias com o nosso país em todos os campos. Houve altos e baixos, e guerras. Mas, Roma sempre teve uma profunda compreensão das respectivas posições", afirmou o político.
Desde que a guerra começou, em fevereiro do ano passado, a Itália adotou uma postura de total apoio a Kiev e de liderança europeia na aplicação de sanções contra Moscou. Essa forma de atuar não mudou nem com a alteração de governo, que deixou de ter o premiê Mario Draghi e uma coalizão que ia dos ultranacionalistas a centro-esquerda, e foi assumido por Giorgia Meloni e seu governo de direita em outubro.
O vice-ministro ainda afirmou que seu país não vai sair das regiões anexadas unilateralmente na Ucrânia, Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson - mesmo que elas não tenham sido totalmente ocupadas por militares russos. A ocupação não é reconhecida por nenhum país importante global, nem pela China, maior aliada de Moscou.
No entanto, o representante afirmou que não acredita que o mundo "esteja à beira de uma guerra nuclear, mas as ações provocatórias dos EUA aumentam os riscos de uma crise que poderia levar a uma nova escalada".
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